sexta-feira, novembro 4

- Tristes noites, feliz amanhecer-

E hoje voltou!


Há alguns anos encontrei
e corri, na rua fria e com poucas luzes da noite
cheguei, na euforia de ver e saber
o nome, a vida, os passos, quem era!
e mal sabia
que era eterno.
Na pele, nos olhos ficou a vontade
por dentro, sentido, ficou a saudade
de algo que nunca teve
e queria...queria...
Ah, noites na janela...
encontrando o que nem havia tido ainda
buscando, de qualquer jeito, um modo de trazer
do outro lado do mundo
o que queria ter.
Lágrimas de medo,vontade e ambição
queria ter, podendo ou não
na hora, no dia
seus medos, suspiros, suas mãos;
e não

Doces, doces dias de melancolia,
tristes noites, feliz amanhecer, de frente para um feixe de luz
o céu cinza
ao ver.
Se foi...
- - -

E hoje, sem que eu esperasse nada
ao meu lado, com tanta serenidade, senta
sem que eu notasse
diz poucas coisas
e me traz
o meu
sendo dele.
Some dias,
volta os tempos
meu céu;
as ondas, do mesmo mundo
afundam, afundam...

Se foram aqueles dias que fizeram o coração esquartejar
tem um por quê?
se serão esses dias que vai fazer os olhos fixar
quem pode saber?

Na espera
ninguém sabe;
o que nem eu posso saber.