sexta-feira, novembro 30

Não era pra mim.

Acabou? Acabei.
Ou fiz acabar.
Era tanto, tão fundo, as vezes parecia real por não estar lá.
As vezes tão falso de tanto eu querer; E se foi.
Recuei.
Sem amor, ele vem. Apesar de não ter.

Silênciei uma semana a vida que existe aqui
Poucas palavras, muito o que pensar.
Quis para mim, e do nada, deixei levar. Ai, foi embora.
Não era pra mim.

Se falei o que queria num momento não meu
Ou estava confusa em um idéia que já se perdeu.
Para me calar e ai então fazer valer. Nosso tempo já venceu.

Não morra agora, me deixe ficar.
Espere o dia, não deixe passar
Não venha agora, não vai suportar
Me espere a noite, no fundo do mar.

quinta-feira, novembro 22

Numa noite.

Você está de pé em uma ponte
Chora, a vida de uma vida que chorou.
Olha a água - Você já se tornou ela.

De uma sacada, alguém te vê
Chorando a partida de outro alguém
Uma noite é para sempre nessa janela.

A lua enfeita o céu pra ela.
A ponte é o fim do anoitecer.  


Você enfeita os sonhos de alguém.

domingo, novembro 4

Vou mentir pra mim.

Página para escrever aberta há +ou- 4 horas
Do que falar?


Do que eu lembro? Ou não esqueço.

Tentei hoje, por inocência, não estar no mundo, não ouvir nem falar com ninguém.
Queria entrar em paz, com essa cabeça que há alguns dias tem me atormentado tanto. Sozinha.
E por essa paz que tentei buscar, a fundo fui pegar coisas que não estavam circulando por sempre nessa memória. Falha minha.


O que fiz? Pra quê?
Algo estúpido!
Não pegue algo que gostou para ler. Nunca.

Sou?

To tentando escrever isso aqui:





Ele existe? Sim! Pra sempre vai existir.
Meu.


Os outros, estiveram ali? Acho que não.
Por um tempo, se foram, ou logo se vão.
Se fiz mal, já fiz.


Do que li; Um não contei o que gostaria, um não falei a verdade, outro nunca sei.
Euforia! euforia!
Vai estabilizar.

-


Estou me vendo em uma gota, prestes a cair
Vou morrer? Vou brilhar? 

Só continuar.
É de sorrir, de chorar. Temo as vezes não conseguir mais acreditar.
Em nada, em mim.
Sempre penso que é cedo pra dizer que é o fim.
Medo de olhar pra fora e saber o que não existe mais.
É assim?

Tem luz? não tem?
Só eu, sem ninguém.
Chorei, chorei; Hoje não sei quantas vezes, mas muitas eu chorei.
Amor? Não tem!

To cortando minha vida para outro alguém
Vai estar lá, bem? Te espero há tanto, tanto.
Escrevo, apago
Orgulho em mim
Já senti sim;


Se fui, voltei.


Meu único, corri uma vida e não percebi que você nascia em mim. Não mais vai sair.
Tão feliz em te ver, eu te perdi tanto.
Longe, não quero nunca que suma pra mim.
Me iludo, gosto e abuso de tudo, mas volto, sempre pra mim. Sei que só consigo viver assim.

Se amo? ...Tenho até medo disso criado dentro de mim.
Sempre, pra sempre. Ondas tem me levado para o fim.
Não vou. Ainda preciso de você aqui.



Perder e mentir. 
Vou mentindo pra mim.












sexta-feira, novembro 2

Ele

Como me engano achando que iria acabar?





Nunca vai acabar.

.
A vida
Tudo que quis
Que venho fazendo todos esses anos
As pessoas que usei
Os medos que superei
Todo mal que me causei.



Pra achar que iria acabar?


Giro anos e percebo, não pela primeira vez, que não vai acabar
Nunca vai acabar.
Você sempre, sempre, vai estar lá.