terça-feira, agosto 27

Dedos Ricos Apontam e Riem do Globo Azul. Está por acabar.



Há uns anos existia em meu pouco conceito, um mundo que brilhava e tinha tudo a oferecer
O mundo que hoje já não enxergo mais.
Tão triste é abrir os olhos, tão infeliz é ver o mundo sangrar.
Sem cura, sem parar.
Nesse globo, grandioso e de tão caprichosas anômalias do espaço, encontro tantas cores
Tantas raças, tantos mares e tantas dores. Porém, só as dores desse azul vem me relevando o ver.
Meu coração é tão fraco para o que sofro em enxergar
Pessoas acabando com o todo e com o próprio ser - Matam, queimam, choram, sofrem.
Sem chances - Morrem.

[.]

Crianças magras mal lembram o que é se alimentar
Homens, os que correm nas ruas, descalços. Pisam em vidros. Sob garoa ou sob o Sol a queimar.
Puxam um peso que nem um animal também deve carregar.
Muitas vezes os vejo sorrir. Do que será?
As dores sem espera de cura num leito hospitalar. Quando a dor vai passar?
As pessoas que já passaram por tanto tempo da vida, já contam com as marcas da idade na pele
Para elas, onde existe um respeitar? Ajudar? Conversar? Acalmar? Não há!

Existe uma lei superior para tudo isso a nos infernizar
Do que vejo hoje são apenas os que tem mais
A lei, justa e pertinente. Para quem?
Vejo quem pode e quem tem, o básico do que se é digno de viver - Ignorar!
"Se passam e sofrem uma vida, de outro jeito não poderiam estar. O que se pode fazer...?"
Vejo eles a assim  pensar.
De deplorar. Degradar.

Organismos - todos vindos de uma mesma forma. Todos levados da mesma também.
Por que desse dividir o que é cor, idade, lugar, se pobre ou se feliz.
Quem pode e que vai até onde continuar.
Tendo desprezo a ver outros olhos a chorar?
Sem se importar e compartilhar. Por quê?
Prepotência estúpida em enxergar primeiro sempre o que é externo de cada. E só.
Abaixem o ego do que não vale viver. O que se veste; calça, come, bebe ou diz ser.
Divida o que se tem - O que for de comer e onde puder viver.
Carregue em paz um peito que um dia não vai apodrecer escuro e oco.
Faça o bem para si, antes é preciso saber existir. Enfim, ajude o que preciso for.
Quem for, o que for.

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