sexta-feira, agosto 9

Monólogo da Posse - Amor Já Não é.

Em cena homem em pé - Foco de luz



- Eu não mais sei lidar com esse peso dentro de cada pensamento meu. Você.
É como se doesse parte a parte; Como se cada fio de dentro de minha cabeça fosse um medo.
Tenho em minha mente, a todo instante, suas mãos brancas tocando em mim.
Seus olhos me seguindo, seus cabelos escorridos em torno de seu fino pescoço.
De leve ouço sua voz, a qual me assombra. De tão doce, tão doce, me dói lembrar.
Não sei como e quando isso começou a acontecer, acho que estava perdido dentro de ti.
Cada dia junto era feliz, puro e de bem estar. Hoje, algo de ruim sobre você me destrói a cada dia
Temo em pensar que de alguma forma, algum dia seus olhos se voltem a alguém não sendo eu.
Que se arrume para outro alguém. Que converse mais feliz com um outro alguém
Que queira juntar sua pele com a de outro alguém.
Que ame
Que chore
Que sofra
Que deseje um outro alguém.


Vejo seus lábios que tanto desejo encostarem em cada copo que bebe, pelas noites, pelas manhãs.
Eles são meus, só meus. Não os use para o que não for eu.
Fique em mim sempre, meu ser amado. Nunca suma de minha pobre e doentia visão
Me perdoe por te querer assim: Tanto, tanto, que por vezes te machuca.
Olhe-me nos olhos, tão fundo ao ponto de me devorar
Rasgue meu peito e se vá. Te trago de volta.
Perco em garras um sangrar, sangrar...

Seu perfume, use comigo. E perca-o quando suar junto a mim.
Suas unhas, gaste-as em meu corpo que sinto-te machucar.
Suas lágrimas, desperdice-as comigo, quando eu te fizer chorar.
Por te amar, e tanto te amar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário