quinta-feira, julho 25

Estrela da Manhã

Estrela da manhã
Perseguindo, vai, sumindo na luz cinza azulada tão clara e fria.
As horas demoradas de dentro do corpo se passaram. Devagar mais uma noite.

Na chuva da minha vida, tão sem intervalos e de vãos tão grandes
Sinto que o mundo pode ruir a qualquer momento. E não vou ter ido ainda.
Das mentiras, do que vi, do que prometi. Nunca sai nem permanece no escuro
Sempre ao meio. Meia luz - meia sombra.
E se possível voar sem asas é, temo em ter.
Som. De todo ouço. Do Mar, do dia, das vozes. Da luz.
Caminhando com calma. Transbordando sem poder cantar. Nem sempre. Só quando.

E não me acalmo.
Iludo
Me iludo
Desfaço
Não posso. Quero. Não sempre.

E quando cai deste mundo, ficaram algumas perguntas no ar
Quantas vezes dormi, amei, me vi.
No Sol.

Estrela da manhã. Sei que está, não mais vejo e sei.
Se faz esconder, me anseio chegar. Perseguindo.
No som da cor da luz caindo em reflexos dourados dentro de cada gota de água quente.
Não só por isso, talvez eu iria embora daqui por ti.

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