sexta-feira, março 28

Domingos

Avisem todos eles que a ultima coisa que eu ouvi foi um trompete chorar
Diga a todos que eu não estava mais triste quando soube que iria partir
Deixe claro ao mundo, a todos eles, que eu senti tão fundo então o nascer da minha alma

Todos os domingos eram tão longos, cansativos e desperdiçados
Os dias em que eu ficava olhando a garoa caindo lá fora esperando meu Sol iluminar - mas nunca
Foram-se todos. Todos os quais nem tive, os quais perdi sem me deixar ser
E os domingos levavam todas as sombras dos restos de vida

Decidi terminar tudo. Não me permitindo contar mais
As noites, as horas, as fases da Lua
E tudo que fazia parte de mim. Tudo o que me fez sofrer, querer, não ter. Não mais.

O tempo implacável, em uma vida instável
Os anjos que me diziam eu não mais pertencer. Brincavam nas nuvens como sempre era de ser
Sobre meu coração que sempre derretia em uma música antiga
E minha cabeça que a paz já não mais conhecia.

E logo serei abençoada com toda a graça de um anjo azul
Então diga a todos eles que meu dias sempre foram quentes como um nascer estelar
Então contem ao mundo que sempre habitei em um outro templo Solar.

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