quinta-feira, junho 20

Temo

Temo o Mundo

A não poder mais sair de casa
De não saber às crianças o quanto o ar era puro
O quanto as arvores balançavam
O céu azul e o Mar tão bravo.

Temo o Mundo

O amor virar uma história
Contada por povos do passado
Os quais andavam de mãos dadas
E prometiam morrer juntos.

Temo o Mundo

Mais guerras começarem por nada
Doenças alastradas
Pessoas não mais saberem pelo o que viver
e morrerem por nada.

Temo o Mundo
Mas queria não temer
Acordar todos os dias e poder envelhecer
Sem medo, sem rumo
Vivendo apenas, olhando o tudo
As frutas no pé, a água ainda fresca
Os sentidos a flor
Meus amigos e o amor
Pudera eu, todos os dias
Ver e ter tudo o que preciso
A cada minuto continuo
A cada vão momento perder
O ar que entra e sai
Para que se viva a vida vivida
Lembranças felizes, tristeza normal que faz parte
Depois, como de lei, ter o direito de morrer.

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