sexta-feira, junho 28

No ar, meu ar. Se Foi.

Cai no chão e acordei com uma fumaça rosada a minha frente
Sua imagem apareceu ali, e você se materializou.
Nossa violência vai acabar aqui. Vamos ser bons.

Estava muito, muito frio. Assim como suas mãos, ainda não acostumadas novamente ao tempo daqui.
As minhas quentes, úmidas. Agora estamos juntos de novo, por um tempo tão curto
Fomos correndo, andando sem medo e em meio ao ar gelado pelas nossas plantas.
Ainda consegue sentir arder quando respira fundo esse tempo frio? Era como era.
Não sinta vergonha, nem medo. Somos ainda aquilo que morremos lá.
Apenas anos distantes, mas ainda lá.
Prove do liquido quente.

Era como sentar em algum lugar e aos poucos ir sentindo o Sol aquecer cada centímetro da alma.
Alma morna. Sempre um auge de sentir e ver ir.
Vou olhando para o Céu imaginando você ali. Como sempre quis. Flutuar. Flutuar.
Queria as vezes com você ir olhar tudo dai.
As águas descem dos olhos sem que eu perceba. Salgam a boca.
Se sentar próxima a você, sinto o cheiro das flores. O som da água correr, e ir.
Alma fria, agora se foi.

Sai de lá, tranquei os portões. Deixei anjos cuidarem de você naquela tarde.
Até mais amado.


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