domingo, dezembro 2

Sonhando

É tempo de paz.
Os dias que passam levam, o todo, de tudo que acho fazer parte
A felicidade e a tristeza
O brilho e as sombras que as vezes se faz
Não mais.


10 dias sem falar - É tempo de pensar.
Numa vida, o tempo todo, a vida inteira
Nem fiz começar, o mundo, o ar, outros tempos.
Sabendo qual é a hora de parar, mas nunca a de começar.
Levar a vida sem terminar.
Não acabar.


Doia muito tudo o que eu queria e não ter, na hora de querer
E achava que em breve tudo eu poderia ser.

Esvaziou a minha cama , o navio que atravessei sozinha a noite no mar.
Ondas, a luz a iluminar, o medo curioso que me fazia continuar.

Amarrei a corda na lua que ficava no meu céu - Cai.
Achando que ainda estava lá, imaginei ter visto e tido o que eu queria ter
Mas sabendo que era só o querer, sem ver.

Acordei no mesmo lugar que deitei, então vi, que nem havia saido de lá. 

Eu vi eles se alinharem, na minha frente, gigantes e luminosos
Giravam e me esperavam, sabendo que eu iria com eles embora de lá.
Meus olhos explodiram em cor. Aquilo era o que eu era, é o que sou.


Perdi muito do que era capaz de sentir, e sofro em saber.
O perder me purificou na alma de coisas que fui e já não sei mais entender .



Era tão forte o que sentia, por outras coisas que já não mais.
Era tão falso o que queria, e já não mais.
Era tão doce o que eu via, e já não mais.
Era a vida que eu tinha, e já não mais.
Disso tudo hoje sou incapaz.