sábado, maio 30

Hoje é

Em correntes d'água vivem meu ar
E se já não mais posso ser, devo, como quem reza
olhar o presente, tendo em memória o passado
de algo que tanto quis e agora vivo a tocar

Dos olhos, tão fortes que eram; não mais
as mãos que brilhavam na luz do Sol quando se colocava
O céu era tão maior quando a lua se fazia estar
mas não me enxergo tão mais como conseguia enxergar

Do tempo, dos dias, as horas passar
a vida em si, hoje tão mais rápida
me parece que tudo sempre está a acabar

Como se possível fosse, estando numa vida não minha
agora conheço, e tenho, coisas que pensava não ser. Nunca então.
Mas pelos que passam - não julgo, mais nada. Não se sabe o que se há de querer.

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