quarta-feira, novembro 13

Monólogo - Para Sempre Lá

                                                     Em cena - Um homem, luz baixa em foco. 




Eu nunca soube por onde começar encontrar o que existia nela
Talvez por seus olhos, talvez seus amigos, talvez nunca nem tenha sabido
Eu a vi uma vez e lá já soube - meu coração estava entregue para sempre a um necrosar
Da primeira vez já cai dentro de seus olhos, que se mexiam com tanto dissimular
Eu olhei seus dias e tentei controlar
Observei sua vida e tentei ao seu lado caminhar
Desejei ter seu corpo e nele penetrar
Fisicamente. Emocionalmente. Eternamente.
Fisicamente queria sentir o ar congelante no qual se mantinha - O topo de uma colina
Alto e triste - A lua em neblina.
Quis roubar do seu vento o tanto de cor que te faltava e eu queria lhe dar
Emocionalmente, queria rachar a pedra que carregavas dentro de seu pensar
Um trabalho árduo, não me iludo, mas que decerto iria me compensar
Ver os porquês das perguntas que me fiz, e que, provavelmente, nunca chegaram a te fazer pensar
Te atingir, machucar, fazer sentir algo e depois confessar
Talvez depois de tanto trabalho eu encontrasse dentro dessa mente a causa de tanto observar
Lá dentro, ver realmente, com visão de olhos padecentes a tão grande matéria que a fazia brilhar
Álgebras que fecham qualquer possibilidade de eu conseguir passar

Para sempre me trancou lá.

Um comentário:

  1. Agora entendi porque você não sabe onde colocou a modéstia kkkkk
    Escreve umas coisas "invocadas". Gostei mesmo :)
    Também tenho um blog, mas anda meio largado, mesmo assim se quiser me fazer uma visita aqui vai o link http://conformealetra.blogspot.com
    Até mais!

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