quarta-feira, janeiro 2

É um nascer, é um morrer. É de tentar amanhecer.

  Era o sol nascendo mais uma vez e cortando meus olhos em luz
ventando e chovendo, não havia no que acreditar.

Foi de esperar o tempo que nunca chegou,  a vida que sinto falta e nem esteve lá.
Correndo e vivendo, ou achando que era.

De ter chorado sem o mundo ver, mil vezes. Eu era você.
Do tempo que eu sabia quem eu era, do tempo em que eu podia saber.

Eu que queria o poder
É de tentar te ver
É de provar a vida que não foi
É uma vida toda que vai doer
É de chorar, é de sofrer
O que pensei. Onde eu queria me perder.
É sobre os elefantes correndo pro mar
É sobre a chuva que molha sem molhar
É sobre os passos que dou sem poder chegar
É de ter visto e não mais ver.
Foi um flutuar, de se entregar e depois não ter.
É um nascer, é um morrer.

Sou eu andando no mundo sem saber se estou ou se ainda vai anoitecer.

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