sábado, junho 2

Enlouquecendo


Às vezes tenho a impressão de que estou enlouquecendo, e quando paro e penso sobre, percebo que é verdade.
De todas as horas que passo junto das poucas pessoas que tenho em minha cabeça com afeto, eu as amo, e são o que tenho de bom, quando estão comigo. São meus, sou deles. Meus queridos. Não pela primeira nem segunda vez noto que quem vê o modo como vivo veem algo menos que o normal, a falta de problemas em pequenas coisas que poderia ter e minha cabeça que sangra aberta pelo excesso de libertação de tudo o que vejo, muitas vezes chocam pessoas que tem pelo convencional o que meu rosto demonstra ter, uma expressão singela e tranquila do que pareço ser.


Perdi o medo, a fé, o ódio e a ganância, mas penso que por hora muitas vezes eles tomam conta de mim. Acredito que estou numa vida, num tempo que quero e sugo o que ele tem a me dar, e por vezes também, tenho receio do que depois isso possa ocasionar, mas continuo, sendo tola ou não.
Não vejo maldade, mas excesso a malícia de tudo o que passa por mim, e uso da prepotência que for, que não creio ter, mas tenho, para ter poder disso. De quem for, do que for.

Durmo e acordo com olhos dourados, cintilam no sol e resfriam no ar, choro quando vejo a lua chorar, e todos os dias não tenho nem um pouco de medo de acordar e sonhar.