sexta-feira, fevereiro 10

Ver úmido. 17h

    Tarde. Cinza. De dentro só vejo tudo se levando em sí, você mudou sua vida e perdeu tudo de mim.
Eu fui queimada e arrasada em um tempo ruim enquanto os dias passavam fora da minha janela
Das coisas que me disse, e ouvi, elas me rodeiam, e agora cai na graça de uma pessoa, menos uma, menos você, nunca eu.
Se mate por dentro e arranhe a tinta de fora para acreditar mesmo no que nunca nem existiu. Acreditou que existiu? Sei que só olhou fixamente para o céu.


Um perdido no pensamento, no tempo. Suas palavras de anos são verdades derretidas dentro de um cobre azul que vem sobre mim
A água ainda cai fria, escura e devagar.
Eu refletia sobre você, talvez um perigoso e irresistível passatempo. Meu.
E meu caminho através de um silêncio não bastou por um bom tempo. Foi muito pra você? Um bom tempo? Foi um sábio momento.
Fogo nos seus dias levados ao chão, me teve por um tempo dentro de um jarro de ilusão, quente, dolorido e triste. Por que não? E vôce quis fazer algo que não existe para ser, como fazer isso valer, sem nem mesmo saber como é ter? Não passava de imaginação
Acredita que num momento longo de pensar em que tudo poderia ser mais claro, melhor, poderia ter sido verdade, mas não. Se existe algo, existiu, não foi. Um futuro sem certezas é melhor do que qualquer outro vivendo nessa suposta e interminável dor. 
Depois de ver esses olhos que não terminam, acredita que ainda pode continuar? 



Mate seu passado frio. Volte para a vida, uma vida nunca sua. Foi minha. Infeliz.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário